Cesta Tradicional Portuguesa | Grande

Processo Artesanal de Criação das Cestas de Junco

O Junco é uma fibra vegetal que se desenvolve em zonas húmidas junto às margens dos cursos de água doce e de água salgada.

A arte de trabalhar o junco encontra-se um pouco por todo o país, mais propriamente na zona do Alentejo e Ribatejo no entanto, sempre ouvi chamar estas cestas por  “Cestas de Alcobaça” sendo mais tradicionais desta região da Estremadura.

O cultivo do junco desde a ceifa até a cesta passa por várias e exigentes fazes.

Após a ceifa o junco fica a secar durante 30 dias sendo necessário virar várias vezes para secar em todas as partes. Depois de selecionado é submetido a um tratamento com enxofre durante 24 horas, sendo o fumo que é emitido pelo enxofre, que vai conferir a cor amarelada e resistência para não partir no tear.

Uma vez no tear, o junco é urdido numa teia de juta e entrelaçado com as diversas cores, depois rebatido com um pente de madeira até ficar numa esteira bem firme. Por fim é cozido há mão com juta e adicionado as ferragens e os acessórios em couro.

É submetido a um processo de tingimento natural com cores tradicionais, verde, vermelho, amarelo e azul entrelaçado com o junco de cor natural, hoje podemos encontrar novas cores, rosa, preto, laranja, e roxo com variadíssimos padrões.

Uma cesta dependendo do tamanho demora em média cerca de 16 horas de trabalho do artesão.

Graças a visão criativa de alguns artesãos, que conseguiram mostrar de forma autêntica o potencial artesanal e artístico destas cestas integrando-as no mundo da moda, tornaram esta arte muito apreciada em todo mundo.